Os ocidentais leem as expressões faciais de forma diferente dos asiáticos, prestando mais atenção à boca, ao contrário dos orientais, que se focam fortemente nos olhos, aponta um estudo da Universidade de Glasgow, na Escócia, apresentado nesta quinta-feira (13).

Essa negligência dos orientais em relação à boca pode levar a um número maior de erros na interpretação das emoções, afirma o estudo, apontando como sentimentos podem se perder na tradução.

Mostramos que ocidentais e orientais observam diferentes características do rosto para ler as expressões faciais, explica Rachael Jack, da equipe da Glasgow University.

Ocidentais olham os olhos e a boca em igual medida, enquanto os orientais favorecem os olhos e negligenciam a boca. Isso significa que os orientais têm dificuldade em distinguir expressões faciais que parecem similares e próximas à região do olho.

No estudo, voluntários foram convidados a olhar para fotografias de rostos com sete expressões emocionais básicas: felicidade, tristeza, raiva, repulsa, medo, surpresa e neutro.

Os participantes asiáticos tiveram dificuldade em reconhecer expressões faciais de medo e repugnância, erroneamente interpretando-as como surpresa e raiva, diz a pesquisa, publicada na revista Current Biology.

Ao contrário dos participantes ocidentais, que levaram em conta pistas de todo o rosto, os asiáticos centraram-se principalmente nos olhos, onde a informação é frequentemente semelhante demais para poder discriminar algumas expressões, continua o estudo.

Jack acrescenta ainda que é interessante, embora a região dos olhos seja ambígua, os indivíduos tendem a escolher as emoções socialmente menos ameaçadoras, como surpresa em vez de medo, por exemplo.

Isso talvez possa destacar as diferenças culturais no que se refere à aceitação social das emoções, acrescenta.

A pesquisa conclui que houve diferenças de percepção genuínas entre os dois grupos analisados e que mais pesquisas ainda devem ser realizadas.

Caso contrário, quando se trata de comunicar emoções através das culturas, ocidentais e orientais vão ficar perdidos na tradução.

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Nasci no remoto ano de 1945, em São Lourenço, encantadora estação de águas no sul de Minas, aonde Manuel Bandeira e outros doentes iam veranear em busca dos bons ares e águas minerais, que lhes pudessem restituir a saúde.

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