Desde o primeiro dia do ano, as novas regras ortográficas, determinadas pelo acordo ortográfico entre países que têm o português como língua oficial, passaram a valer no Brasil. O país, contudo, ainda tem até 31 de dezembro de 2012, período de transição, para se adaptar às mudanças que não atingem mais do que 0,5% da forma de escrever. Ate lá, podem ser usados tanto o formato antigo quanto o novo. Depois de quatro anos, a alteração passa a vigorar de vez.
Prazo - No Brasil, as editoras terão até 2012 para promover mudanças nos livros didáticos, segundo determinação do Ministério da Educação (MEC). As áreas de marketing, jurídica e de recursos humanos das companhias brasileiras também têm o mesmo prazo para se ajustar. A maioria dos jornais brasileiros, no entanto, já adotou a grafia, estabelecida pelo Acordo Ortográfico aprovado há nove anos e assinado em setembro do ano passado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A forma de falar continua a mesma, o que muda é somente a escrita. As principais modificações são: desaparecimento do trema, supressão do hífen em alguns casos, a retirada de acentos em ditongos e a inclusão de três letras (Y, W e K) no alfabeto, que voltam apenas para manter a grafia de palavras estrangeiras. O acento circunflexo também sofreu algumas mudanças. Ele será suprimido nos casos em que dois os ou dois es ficam juntos, a exemplo de vêem e vôo, que passarão a ser grafados sem o acento (voo e veem).
O Grupo A TARDE, assim como grande parte da impressa brasileira, já se adequou ao novo formato desde esta quinta-feira, 01, primeiro dia da alteração. Toda a produção veiculada nas mídias impressa (Jornal A TARDE) e digital (A TARDE On Line) do grupo seguirá o novo padrão. Dessa forma, o leitor terá mais facilidade para fixar as regras gramaticais lendo as notícias diariamente.
Clique aqui e confira as modificações
Edições de alguns dicionários já chegaram às prateleiras das livrarias de acordo com a grafia estabelecida pelo acordo. O minidicionário Houaiss da Língua Portuguesa (editora Objetiva) foi o primeiro a contemplar integralmente a nova lexicografia. A editora do dicionário Aurélio já lançou edições revisadas do dicionário e contratou 20 revisores para alterar toda a relação dos volumes.
Objetivo - A intenção da reforma ortográfica, promovida pelos países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), é acabar com a diferença na grafia das palavras entre países lusófonos, tornando a escrita do português do Brasil a mesma dos outros países integrantes da CPLP. Outro fator que motivou a unificação foi a necessidade de expandir a cooperação comercial e cultural entres os membros da Comunidade.
Além do Brasil, Portugal, Timor Leste, Cabo Verde, Angola, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe fazem parte da CPLP e, obviamente, irão introduzir as novas regras adotadas no acordo.