Em plena era do conhecimento, a baixa qualidade do ensino tornou-se uma ameaça à competitividade das empresas e uma trava ao crescimento do país

Por Alexa Salomão – EXAME (29.09.2006)

 

Ao longo dos últimos anos, os melhores cérebros do país têm buscado compreender as razões que levaram o Brasil, no passado apontado como uma nação fadada ao sucesso, a transformar-se numa espécie de lanterninha na corrida global pela prosperidade. Um grupo de pesquisadores do Banco Mundial acaba de fornecer uma peça-chave para decifrar parte da questão. O banco concluiu um alentado estudo, ao qual EXAME teve acesso, sobre as condições dos principais países emergentes para inserir-se na sociedade do conhecimento, considerada o estágio mais avançado do capitalismo. O resultado não poderia ser mais revelador. O sistema de ensino brasileiro levou uma surra – foi o pior colocado em toda a amostra analisada, que inclui China, Índia, México e Rússia, entre outros. A constatação diz respeito diretamente às chances que o país tem de virar o jogo na competição internacional, na qual vem cedendo espaço sistematicamente. Há muito tempo, sabemos que as deficiências do Brasil na educação afetam a distribuição de renda e o crescimento pessoal dos indivíduos, diz Alberto Rodríguez, especialista em educação do Banco Mundial e coordenador do estudo. Com a pesquisa, ficou claro que essas deficiências também provocam a perda de competitividade do país em relação a economias com as quais disputa o mercado global. Tradução: enquanto a educação brasileira não der um salto qualitativo, o país continuará patinando – e comendo poeira dos rivais. Não tenho a menor dúvida de que o baixo crescimento do PIB brasileiro nos últimos anos está intimamente associado à baixa qualidade do ensino, diz o economista americano Edward Glaeser, professor da Universidade Harvard e estudioso dos efeitos da educação sobre o desenvolvimento das sociedades. A educação é um dos motores do crescimento, e no Brasil esse motor funciona mal.

 

O último da classe

O Brasil apresenta os piores indicadores na área de educação comparado a países emergentes que figuram como seus competidores internacionais

Taxa de analfabetismo (na população com 15 anos ou mais)

Brasil
13%

China
9%

México
8%

Rússia
0,5%

O melhor do mundo: Canadá(1), com 0% de analfabetos

Média de anos de escolaridade da população

Brasil
5 anos

China
6 anos

México
7 anos

Rússia
10 anos

O melhor do mundo: Estados Unidos, com 12 anos de escolaridade

Participação de mão-de-obra especializada na força de trabalho (técnicos e profissionais com curso superior)

Brasil
9%

China
Não declara

México
14%

Rússia
31%

O melhor do mundo: Suécia, com 38% da força de trabalho especializada

Repetência no ensino fundamental

Brasil
21%

China
0,3%

México
5%

Rússia
0,8%

O melhor do mundo: Coréia, com 0,2% de repetência

Qualidade do ensino de ciências e de matemática (em uma escala de 1 a 7 pontos)(2)

Brasil
2,9

China
4,2

México
3

Rússia
5,1

O melhor do mundo: Cingapura, com 6,5 pontos

Fontes: Banco Mundial, Unesco e OCDE
(1) O Canadá é uma das referências, mas vários outros países desenvolvidos erradicaram o analfabetismo (2) Escala adotada no relatório Global Competitiveness do Fórum Econômico Mundial

 

O fato, mostrou a pesquisa, é que o brasileiro aprende muito pouco na escola. Carrega por toda a vida uma herança pesada, materializada na forma de despreparo e ignorância – e essa herança tende a ser repassada para a geração seguinte. Quando se analisam os dados sobre o desempenho brasileiro no terreno da educação, a primeira deficiência que salta aos olhos é o número de anos passados nos bancos escolares. O brasileiro estuda em média cinco anos, contra 11 do coreano, nove do argentino e dez da população da maioria dos países desenvolvidos. Estima-se que, se os brasileiros permanecessem na escola os 12 anos que ficam os americanos, a renda nacional seria mais que o dobro da atual. A maioria dos brasileiros abandona a escola ainda na infância, especialmente por causa da repetência, que atinge uma taxa inacreditável de 21% dos alunos, diz Rodríguez, do Banco Mundial. Levantamentos mostram que, a cada hora, 31 estudantes brasileiros desistem de estudar. Nos anos 90, foi feito um esforço para manter as crianças na escola e ocorreram avanços, mas em ritmo aquém do necessário. Segundo estudo da Unesco, mantido o passo atual, o Brasil demorará mais de 30 anos para alcançar o nível educacional que as maiores economias têm hoje. É uma realidade assustadora no momento em que o mundo demanda gente cada vez mais capacitada e que economias como a chinesa ou a indiana – concorrentes diretas do Brasil – fazem um esforço hercúleo para educar e preparar parte de sua população para o mercado global. O emprego do século 21 requer habilidades mentais, diz Célio da Cunha, representante da Unesco no Brasil para a área de educação. Exige raciocínio rápido, capacidade de interpretação e de análise da informação. Atributos que só são adquiridos com ensino de qualidade.

 

LG

O problema
Com a mesma escolaridade do coreano, o operário brasileiro tem dificuldade de aprendizado e apresenta rendimento inferior

A conseqüência
Utilizando equipamentos idênticos, as linhas de montagem no Brasil produzem nove celulares por hora, e as da Coréia, 15

 

Ainda que o país passe a reter os jovens por mais tempo nas salas de aula, teria pela frente um desafio que, à primeira vista, pode parecer elementar: garantir que os alunos efetivamente aprendam e fazer com que esse aprendizado vire riqueza. Atualmente, a maioria das crianças das escolas públicas se transforma em profissionais medíocres. Em 2003, o Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Básico identificou que 55% dos alunos matriculados na 4ª série do ensino fundamental eram praticamente analfabetos e mal sabiam calcular. Na 8ª série, menos de 10% dos estudantes haviam adquirido competência para elaborar textos mais complexos. Como conseqüência, cerca de 75% dos adultos têm alguma deficiência para escrever, ler e fazer contas, o que acarreta um efeito devas tador sobre sua capacidade de se expressar. O que está acontecendo nas nossas escolas é estarrecedor, diz Paulo Cunha, presidente do grupo Ultra. Para conhecer a real situação da educação brasileira, Cunha visitou escolas municipais na capital paulista. As crianças ficam oito anos nas salas de aulas e saem tão ignorantes quanto entraram. Como elas vão disputar um lugar no mercado de trabalho?

 

Atento

O problema
Metade dos 240 000 jovens com ensino médio que disputam vaga na central de atendimento da empresa é reprovada por deficiências básicas em português

A conseqüência
Para identificar e descartar milhares de candidatos despreparados, a empresa gastou ao longo do ano passado quase 2 milhões de reais

 

Não se pode ignorar a revolução educacional pela qual o Brasil passou nos últimos anos. Até poucas décadas, vivíamos num país de analfabetos, no qual educação era luxo. Hoje há mais de 40 milhões de crianças na escola. Cerca de 5 milhões delas entram no sistema todo ano. O feito, porém, é insuficiente para sustentar o crescimento numa economia globalizada, cada vez mais dependente de conhecimento e de inovação e na qual os parâmetros de comparação ignoram fronteiras.. No jogo da competitividade mundial – um jogo que define o sucesso das empresas e do próprio país – a má qualidade do ensino e sua incapacidade de entregar ao mercado os profissionais que ele demanda transformam-se num veneno mortal. Isso fica evidente na dificuldade que empresas de quase todos os setores vivem para recrutar em larga escala seu bem mais precioso – capital humano de boa qualidade. Esse é exatamente um dos grandes desafios das economias que perseguem o crescimento sustentável: garantir o suprimento de massas de pessoas qualificadas.

 

Fnac

O problema
95% dos universitários que buscam emprego na rede de livrarias Fnac são rejeitados devido ao baixo nível cultural

A conseqüência
As lojas ficam com suas equipes incompletas por meses, o que compromete a qualidade do atendimento

 

Muitas companhias no Brasil ficam meses com vagas em aberto pela incapacidade de encontrar trabalhadores de bom nível – um cruel contra-senso para um país com 8 milhões de desempregados. É o caso da rede francesa de livrarias Fnac. A empresa trabalha com um perfil de funcionário com nível de formação elevado. Cerca de 40% dos atendentes cursam ou concluíram uma faculdade. O RH recebe 7 000 currículos por mês. Mas, de cada 20 candidatos selecionados para entrevista, 19 não conseguem entabular uma conversa mais elaborada. A vaga mais complicada de preencher é a de atendente do setor de livros. Nesse caso, o profissional precisa entender minimamente de literatura. Na matriz francesa, uma vaga como essa é preenchida no mesmo dia. Há seis meses, Elizabeth Cerqueira Leonetti, diretora de recursos humanos da Fnac, tenta, em vão, encontrar alguém qualificado em literatura para uma das lojas em São Paulo. É lamentável e frustrante ver universitários que não sabem escrever, falar em público e trabalhar em equipe, diz Elizabeth.

 

Tata

O problema
Desde o começo do ano, a subsidiária da empresa indiana tem 300 vagas de programadores e não consegue preenchê-las por falta de gente qualificada

A conseqüência
Sem esses profissionais, a Tata do Brasil perdeu a oportunidade de dobrar a prestação de serviços para outros países, principalmente os Estados Unidos

 

O pífio desempenho educacional brasileiro, claro, não é um problema novo. Mas tornou-se muito mais grave com a globalização acelerada dos negócios a partir dos anos 90. Cada vez mais as empresas comparam dezenas de países antes de realizar um investimento – e a disponibilidade de mão-de-obra qualificada é um dos itens prioritários. Uma pesquisa realizada em parceria entre o Ibmec São Paulo e a London Business School com as 500 maiores empresas brasileiras identificou que a baixa formação dos empregados afeta negativamente decisões de investimento. Cerca de 40% delas disseram que a falta de trabalhadores qualificados impede a adoção de novas tecnologias. O Brasil sempre se preocupou em fazer política industrial, mas ignorou que o mais importante é formar pessoas, diz o economista Naércio Aquino Menezes Filho, coordenador da pesquisa pelo Ibmec. O resultado disso é que as empresas estão perdendo produtividade.

 

Embraer

O problema
Os três cursos de engenharia aeronáutica do Brasil formam cerca de 60 profissionais por ano, número insuficiente para atender à demanda da empresa

A conseqüência
A Embraer criou um programa de especialização na área que custou investimentos de 13 milhões de dólares nos últimos cinco anos

 

O caso da LG do Brasil, subsidiária de uma das maiores fabricantes de eletroeletrônicos do mundo, com sede na Coréia, é exemplar para ilustrar essa perda. As linhas de produção da LG em Taubaté, no interior de São Paulo, montam nove celulares por hora. As linhas da fábrica da cidade de Pulsan, no interior coreano, produzem 15 aparelhos por hora – quase 70% mais. As duas unidades contam com os mesmos equipamentos e o mesmo número de funcionários, teoricamente dotados do mesmo nível de formação escolar, o ensino médio completo. Segundo Fábio Gurman, gerente de RH da LG, a diferença é que o operário coreano foi educado por um dos melhores sistemas de ensino público do mundo, e o brasileiro, por um dos piores. O poder de concentração, a capacidade de aprendizagem e a agilidade mental dos coreanos são impressionantes, diz Gurman. Os brasileiros até que se empenham, mas precisam de mais treinamento, mais orientação e são dispersos.

Diante desse quadro desalentador, o que explica que empresas brasileiras continuem trabalhando, crescendo e – algumas vezes – até inovando? A resposta está nos esforços feitos pela própria iniciativa privada, que, por uma questão de pragmatismo, assume funções do Estado. A saída é, a um só tempo, solução e problema. Ao investir na educação da mão-de-obra, os empresários garantem o capital humano de que precisam, mas desviam atenção e investimentos que, num ambiente ideal, deveriam estar voltados exclusivamente para os negócios. O negócio da Vale do Rio Doce é extrair minério e transportá-lo até seus consumidores. Mas a empresa precisa formar 200 condutores de locomotiva por ano. O negócio da paulista Tecnisa é construir prédios. Mas a empresa todo ano contrata dez professores e gasta 150.000 reais para ensinar centenas de operários a ler, escrever e ter noções básicas de informática. Assim, consegue garantir a qualidade das obras e reduzir desperdícios. Toda vez que começa uma obra, instala ao lado uma sala de aula. Dar educação é obrigação do Estado, mas ele perdeu o rumo, diz Romeo Busarello, diretor de marketing da Tecnisa. Muitas empresas, como a Gerdau, oferecem complementação dos estudos. Em 1998, 25% de seus empregados tinham ensino fundamental incompleto. Graças a incentivos oferecidos pelo grupo, a proporção caiu para menos de 1%.

O empresário Edson Musa, presidente do conselho de administração da Caloi, viu de perto como o ensino de baixa qualidade prejudica a vida do trabalhador e da indústria. Ao comprar a empresa, em 1999, Musa decidiu implantar programas de qualidade. Foi avisado pelo RH que os operários não conseguiriam assimilar um programa sofisticado. Achei aquilo um absurdo e mandei aplicar um teste para medir os conhecimentos, diz Musa. Resultado: 38% dos operários com ensino fundamental completo eram analfabetos funcionais -- conheciam palavras, mas não entendiam o significado das frases. Para resolver o problema, a Caloi implantou um programa de reforço escolar e passou a aplicar uma prova na seleção de novos funcionários. Agora a Caloi pedirá ensino médio completo aos operários. Não precisaríamos desse nível de formação, diz Musa. Mas talvez assim encontremos gente com conhecimentos de ensino fundamental. Se Musa tivesse conversado com Guilherme Leal, co-presidente do conselho de administração da Natura, ficaria preocupado quanto às chances de encontrar pessoal qualificado. A fábrica da Natura em Cajamar, a apenas 30 quilômetros de São Paulo, emprega poucos moradores da vizinhança porque eles não passam na prova de seleção. Se ainda estivéssemos no semi-árido nordestino eu poderia entender, diz Leal. Mas estamos a poucos quilômetros do maior centro cultural do país.

 

Da escola para o trabalho

Quase metade dos 30 milhões de trabalhadores brasileiros com carteira assinada não passou do ensino fundamental

Fundamental completo

16,4%

Fundamental incompleto

27%

Superior completo

14,7%

Superior incompleto

3,8%

Médio completo

29,5%

Médio incompleto

8,7%

Fonte: Serviço Social da Indústria

 

Essa necessidade de avaliar uma multidão de candidatos para encontrar um punhado de eleitos custa caro. No ano passado, a Atento, maior empresa de atendimento telefônico do país, entrevistou 240.000 jovens de 18 a 24 anos com ensino médio completo. Metade dos candidatos foi reprovada nos testes orais por não conseguir falar o português básico corretamente. Identificar e desclassificar tantos despreparados custou 1,8 milhão de reais à empresa. Só precisamos que o atendente tenha um bom vocabulário, diz Cleide Barani, vice-presidente de RH da Atento. Mas a maioria dos jovens não sabe falar. Utilizam regularmente expressões como nóis foi.

Mesmo empresas que recrutam alguns dos profissionais mais preparados do país têm dificuldade para preencher as vagas. A subsidiária brasileira da Tata, maior empresa de informática da Índia, há meses não consegue preencher 300 vagas. Simplesmente não encontramos gente com o perfil técnico necessário, diz Sérgio Rodrigues, presidente da empresa. O laboratório farmacêutico Aché depende de cientistas estrangeiros para desenvolver novos medicamentos porque o número de profissionais brasileiros aptos a trabalhar no setor é ínfimo. Sem a ajuda de gente de fora não teríamos chance de sobreviver, diz Victor Siaulys, presidente do conselho de administração do Aché. A Embraer, por sua vez, precisou até montar seu próprio curso de especialização para garantir o suprimento de engenheiros aeronáuticos, já que os três cursos existentes no país não dão conta de atender à demanda imposta por seu crescimento. Por ano, são formados 60 profissionais desse tipo. Nos últimos cinco anos, a Embraer investiu 13 milhões de dólares para formar 573 profissionais. É custo na veia, especialmente quando se lembra que suas competidoras contam com uma multidão de jovens bem formados à procura de emprego.

Se há tanta demanda por engenheiros aeronáuticos, por que não surgem novos cursos? A explicação é a miopia do sistema educacional. As universidades brasileiras são burocráticas, fechadas em si mesmas e não se planejam de acordo com as necessidades do mercado, diz Carlos Monteiro, diretor da CM Consultoria, especializada em gestão para o ensino superior privado. Atualmente, 60% dos 4 milhões de universitários brasileiros estão matriculados em não mais que dez cursos, voltados para carreiras saturadas, como administração, direito e psicologia. Nos cursos técnicos, a situação não é muito diferente – a modernização existe, mas é lenta.

As discussões em torno do tema educação são cíclicas no Brasil – costumam se intensificar nos períodos eleitorais e submergir no momento seguinte. Mas raramente o problema é analisado pelo prisma da economia. O que tem de ficar claro é que, se nada mudar, vai ser impossível ter crescimento de verdade, diz o economista Edward Glaeser. O obstáculo fica evidente quando se olha para as empresas de setores em expansão. Quanto maior é o ritmo de crescimento das empresas, mais complicado é encontrar pessoas qualificadas, e mais oneroso treiná-las, diz Chieko Aoki, presidente da rede de hotéis Blue Tree, que enfrenta a falta de capital humano na ampliação das operações no Nordeste. A preocupação com a formação dos funcionários, antes restrita ao RH e à área de projetos sociais, virou tema recorrente na alta cúpula das empresas. Se o Brasil engrenar um novo surto de crescimento, vai parar por falta de gente para trabalhar, diz Marcos Magalhães, presidente da Philips. Outro executivo preocupado é Manoel Amorim, presidente do conselho de administração da operadora de celulares Vivo. Amorim concilia a atribulada agenda profissional com a de conselheiro do movimento Quero Mais Brasil, em que defende reformas no ensino público. Estudei em escolas públicas do subúrbio do Rio de Janeiro, mas consegui cursar Harvard e ter uma carreira bem-sucedida, diz ele. A oportunidade que eu tive não existe mais. Entre os empresários cativados pelo tema está Jorge Paulo Lemann, acionista da Inbev e da Lojas Americanas. Lemann criou uma fundação que leva seu nome e atua na melhoria da gestão do ensino público. Meus amigos podem achar que estou virando um socialista tardio, mas na verdade estou aflito com os baixos níveis educacionais do Brasil, diz Lemann. Em várias entidades, a educação passou a ter tanta importância quanto a reforma tributária e a redução da taxa de juro.. Enfrentamos a concorrência científica da China, da Índia e da Coréia, países que educam bem seus jovens, diz Luís Norberto Pascoal, presidente da rede de lojas de pneus DPaschoal e integrante do Compromisso Todos pela Educação, movimento empresarial que defende reformas na educação. Se quisermos ter perspectiva de ocupar um lugar de destaque no mundo, temos de investir na qualidade do ensino público e manter as crianças e os jovens em escolas de qualidade.

 

Sinal de alerta

A baixa qualidade do ensino tornou-se uma preocupação para a cúpula das empresas e para os estudiosos da economia

Não tenho a menor dúvida de que o baixo crescimento do Brasil nos últimos anos está diretamente associado à baixa qualidade do ensino
Edward Glaeser, economista e professor da Universidade Harvard

Se o Brasil engrenar um novo surto de crescimento,v ai parar por falta de gente qualificada para trabalhar
Marcos Magalhães, presidente da Philips

Estou aflito com os baixos níveis educacionais do Brasil — estamos perdendo a corrida da competência no mundo globalizado
Jorge Paulo Lemann, acionista da Inbev e da Lojas Americanas

 

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Nasci no remoto ano de 1945, em São Lourenço, encantadora estação de águas no sul de Minas, aonde Manuel Bandeira e outros doentes iam veranear em busca dos bons ares e águas minerais, que lhes pudessem restituir a saúde.

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